quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Londres, a capital cinzenta mais charmosa do mundo!


Sim! Eu conheci a terra da rainha! :)

Nunca dei muita bola para Londres, já meu marido que já a conhecia falava maravilhas de lá, das quais eu nunca dei muita atenção. Contudo, as vésperas de um feriado prolongado aqui no Brasil e sem termos muito o que fazer, eis que encontro uma excelente promoção de passagem aérea justamente para lá! Bom, não que fosse meu grande desejo conhecer Londres, mas diante das circunstâncias seria uma ótima pedida! Esticamos um pouquinho mais o feriado e durante os próximos 5 dias fomos pegar um pouco de frio por lá!

Inicialmente ficamos hospedados em Westminster, próximo à abadia que foi cenário do casamento mais comentado do mundo há poucas semanas. A plebéia que se casava com o herdeiro do trono!  Sim, Westminster é lindíssima e tem toda uma aura de conto de fadas, devido aos fatos!rs.  E hoje posso dizer, Londres é lindíssima! Fui sem grandes expectativas mas sai de lá ma-ra-vi-lha-da! Isso sim é que é viagem boa! :)

Fomos em Outubro, era inverno, estávamos sempre cheios de casacos, cachecóis, gorros e luvas e a cidade com seu constante e bucólico céu cinzento e sua garoa fina. As pessoas caminhavam às margens do Tâmisa e nós, não fosse a máquina fotográfica sempre a mão, poderíamos facilmente ter nos passado por cidadãos locais (não custa sonhar,né?!).

Percorremos boa parte do Tâmisa, cada barco, cada ponte, cada ponto turístico me animava mais e mais! E aquele sotaque de quem tem sempre a batata na boca?! Ahhhh, é lindo! Apesar de muitas vezes totalmente incompreensível!

No primeiro dia caminhamos bastante, quando viajamos gostamos de simplesmente sair andando e nos perder pela cidade, sem destino certo, prontos para nos surpreender com o que cada esquina pode vir a nos revelar, escolher aleatoriamente um lugarzinho aconchegante e charmoso para um lanche ou café e aproveitar! É uma sensação incrível!

Os dias são curtos no inverno londrino, amanhece por volta das 09:00 e por volta das 15:30 a escuridão já é completa! Fiquei meio desnorteada no início, e tinha que planejar visitar alguns lugares bem mais cedo para aproveitar a luz do dia.

Uma manhã acordamos e fomos fazer o Walking Tour, que foi super proveitoso! Sem falar, que é uma oportunidade de socialização com outros turistas de diversas nacionalidades. O legal também é que você otimiza muito seu tempo e além de conhecer melhor vários lugares, afinal você tem um guia ao seu lado, eles programam os horários de forma a aproveitarmos melhor cada ponto turístico. Por exemplo, chegamos no Palácio de Buckingham exatamente no momento da troca da guarda!

Após o tour aproveitamos que já estávamos ao lado da London Eye e compramos o ingresso para o passeio, como tinha um combo interessante lá, nós aproveitamos e compramos também entrada para o Aquário e para o museu de cera Madame Tussauds (que eu recomendo MUITO!)

Ver a cidade de cima, a extensão de todo Tâmisa, as torres do Parlamento, o famosos Big Ben, foi muito legal! E depois, ir a Londres pela primeira vez e não subir na London Eye não vale! Foi ótimo!

Aliás, falando em Torres do Parlamento, meu Deus! Que coisa linda! O parlamento inglês é fantástico! Maravilhoso! Lindo de morrer! Pode-se ficar horas lá parado, só olhando! Depois, aproveite para passar na famosa rede Tesco e comprar um lanchinho rápido, certamente o melhor custo x benefício da cidade, que já ia me esquecendo de dizer é caríssima! Tudo é caro por lá, hospedagem então! Jesus!rs. Prepare o bolso!

No dia seguinte fomos ao Madame Tussauds, aliás fazer passeios em lugares fechados com o frio que faz em Londres no inverno é uma ótima forma de curtir! E o museu de cera é diversão certa para adultos e crianças (eu disse crianças, não bebês!). Nos divertimos MUITO  e algumas estátuas são tão reais que você pode facilmente usar a imaginação e se sentir do ladinho de sua estrela de cinema favorita!

E por falar em cinema, não poderia deixar de falar do querido e charmoso bairro que deu nome ao filme "Um lugar chamado Nothing Hill". E nem precisa ser fã da Julia Roberts e do Hugh Grant para se apaixonar por aquele lugar charmoso de casinhas coloridas, feira de antiguidades no meio da rua e da famosa livraria de portinha azul. Sem falar na surpresa de estar caminhando e de repente se deparar com a casa em que viveu George Orwell, sim, aquele que escreveu " A Revolução do Bichos" e "1984".

Ai, ai... Eu poderia passar dias aqui escrevendo sobre os encanto londrinos, suas cabines telefônicas, seus ônibus de dois andares, etc, etc... Mas,  tenho que deixar um gostinho de quero mais em vocês, né?! Por isso, para quem ainda não conhece pode colocar Londres no topo da lista de destinos a se conhecer sem medo! E para quem foi e virou fã, assim como eu, compartilhe com a gente seu lugarzinho preferido na terra da realeza!

Assim que der, posto fotos pra vocês!






quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Jerusalém, a cidade da história e da religiosidade

Na lista dos destinos que tenho vontade de ir, Israel nunca esteve presente, a não ser depois de ter visto uma reportagem sobre Tel Aviv que me fez começar a considerar a possibilidade de ir até lá, mas Jerusalém especificamente, apesar de sua importância histórica e religiosa nunca me fez sonhar (porque qualquer viagem se inicia no sonho e na imaginação, antes de fato acontecer). Mas, a oportunidade de ir visitar Petra, foi o motivo que me levou até Jerusalém. Ao sul do país Israel faz fronteira com Aqaba, na Jordânia, pela cidade de Eilat. E de Eilat até Jerusalém são apenas 4 horas de ônibus. Então, lá fomos nós!

Pra começar hotéis em Jerusalém são caros, tenha isso em mente ao programar sua viagem, na verdade Israel como um todo é um país caro para nós brasileiros. Para você ter uma breve idéia enquanto no Brasil o salário mínimo hoje é de R$ 788,00 em Israel o mínimo é de 3850, 00 na moeda local o equivalente a R$ 3050,00. Então, o parâmetro de caro e barato de lá é bem diferente.

Como bons turistas e com pouco tempo na cidade (ficamos apenas 2 noites) nosso foco seria visitar a velha Jerusalém. Hoje a cidade se divide em velha e nova Jerusalém, a velha com sua história sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos abriga os principais pontos religiosos e é um patrimônio mundial. Como um todo, Jerusalém tem cerca de 730 mil habitantes e é a maior cidade do país e também sua capital declarada.

Nos hospedamos ao lado da Jaffa Street, num hotelzinho boutique simpático e bem localizado, mas o quarto era minúsculo e o wi-fi não funcionou, então na noite seguinte mudamos de hotel. Ali mesmo nos arredores, mesma faixa de preço e com um quarto 3 vezes maior. Adorei!

Jaffa Street


Chegamos ao hotel, descansamos um pouco e saímos para conhecer os arredores e nos alimentar. Fiquei encantada! Pessoal receptivo, educado, atencioso. Por vezes encontramos atendentes arriscando um português para falar conosco. E isso quando se está longe de casa há um tempo soa como música aos ouvidos.

Muitos bares/restaurantes oferecendo as promoções para o "happy-hour" com promoções de drinks (sim, rola bebida por lá também) e até música ao vivo. Nós, no entanto, preferimos um restaurante para um jantar completo para provar melhor a culinária local. Saímos de lá satisfeitíssimos, nunca experimentei tanta variedade na mesma refeição. O garçom (que já havia morado no Brasil e falava um português muito bom) não cessava de trazer porções e mais porções de comida para nós...rs


Saboreando a culinária local


No dia seguinte, acordamos cedo e fomos fazer o tour pela velha Jerusalém - A Cidade Antiga. Ao todo acho que foram 4 horas de passeio, fazendo toda Via Crucis e conhecendo os pontos principais da história da velha cidade, com direito a entrada em igrejas e templos onde nos sentimos mais perto da história de vida de Cristo. Foi uma experiência muito legal! Valeu muito a pena!





Muro das Lamentações

Só não fomos até o Monte das Oliveiras, porque aí teríamos que nos deslocar de carro e achar um outro guia por lá e como já estávamos exaustos e já era final da tarde preferimos deixar para, quem sabe, uma próxima vinda a cidade.

Em 1981 a Cidade Antiga se tornou Patrimônio da Humanidade, ela se divide em quatro bairros: judeu, armênio, cristão e muçulmano. Mas, a Jerusalém moderna cresceu, e muito! Para além dos muros da velha cidade, por isso é normal você encontrar áreas com judeus mais ortodoxos, usando toda aquela vestimenta, barba, etc., enquanto em outros lugares a realidade é bem diversa.



Velha Jerusalém


 Cúpula da Rocha - Templo do Monte


E nesta pedra repousou o corpo de Cristo após ser retirado da cruz.

Enfim, exaustos de toda andança mas muito satisfeitos com tudo que encontramos em Jerusalém, após jantar em um maravilhoso restaurante italiano indicado pela recepcionista do nosso hotel, fomos descansar para pegar o ônibus no dia seguinte de volta a Eilat, mas com gostinho de quero mais! Na próxima visita certamente o roteiro irá englobar mais tempo em Jerusalém e também alguns dias em Tel Aviv, que infelizmente não conseguimos conhecer nesta viagem.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Aqaba - A cidade litorânea ao sul da Jordânia

A viagem foi longa, saímos de Aracaju rumo a Salvador de carro, onde deixamos o Rafa com a vovó. E então partimos de avião para SP de onde partiria nosso vôo da Turkish Airlines para Aqaba, na Jordânia, com direito a escala em Istambul, na Turquia. Até Istambul foram 11 horas e meia de vôo, chegando lá 2 horas de espera para pegar nosso vôo final, que levou aproximadamente mais 3 horas, quando enfim, próximo ás 4 da manhã, chegamos em Aqaba.  Pegamos a fila direto para passar pela imigração, pois já tínhamos tirado o visto, ainda no Brasil. O Bruno passou tranquilo, não perguntaram nada à ele e já carimbaram o passaporte, já na minha vez perguntaram pra onde eu ia, quanto tempo ficaria, em que localização, por que, para onde mais, com quem, etc. Mas, no final, também me liberaram. Ufa! 

O aeroporto é pequeno e não tem praticamente nada, depois de pegar a bagagem você sai e praticamente já está na rua, onde você encontra os taxistas prontos para lhe cobrarem os olhos da cara para te levarem ao seu destino. Você tem que negociar o preço, pois não há taxímetro. No nosso caso, depois de brigar muito pelo valor que achamos caríssimo, pois ele havia nos cobrado o equivalente a 84 reais para nos levar até o hotel há cerca de 10 minutos dali, nos juntamos com mais 3 brasileiros que também iam para o centro da cidade e rachamos o taxí, assim nós gastamos metade do preço. Foi um negócio bom pra todo mundo, inclusive para o taxista. 

No "Cedar Hotel" onde nos hospedamos, o pessoal foi super simpático e hospitaleiro, nosso check-in seria apenas ás 14:00 (a esta altura era cerca de 05 da matina), mas eles liberaram fazermos early check-in e não cobraram nada a mais por isto, e teve até drink de boas vindas para nos recepcionar, coisa que sequer esperávamos. Dormimos até ás 14:00 para nos recuperar da viagem e do jet-leg e então saímos para conhecer a cidade.... 

Andamos pelos arredores da rua principal, próximo a zona de resorts da cidade, tive o cuidado de vestir uma saia longa para não me diferenciar demais do povo local, não adiantou! Todos me olhavam de cima abaixo e os homens todos me mediam e buzinavam, foi tão intenso que cheguei a me sentir constrangida... Sem querer, pequei em colocar uma blusa que deixava os braços de fora e por isso fui a atração de Aqaba. Quando percebi isso, usei a pashimina que carregava na bolsa e cobri braços e cabelo... Pronto! Estava salva!rs 

Assim, consegui explorar melhor a cidade... Aqaba tem uma rua onde ficam os melhores resorts 5 estrelas de lá, incluindo o luxuoso e caro Kempiski que tem sua própria praia privativa! É em Aqaba que jordanianos em busca de sol e relaxamento passam os dias de verão. Para estrangeiros a grande atração de Aqaba é estar perto da cidade cor-de-rosa de Petra, uma das 7 maravilhas do mundo moderno, da qual eu falo em outro post, e do deserto de Wadi Rum, onde você pode ter a experiência de acampar com beduínos. Uma experiência única da qual eu recomendo MUITO! Foi maravilhosos passar a noite no meio deserto e sentir a imensidão, a paz e o silêncio! 



A imensidão de Wadi Rum


Nosso acampamento.


E os anfitriões beduínos


A cidade também é procurada para atividades de mergulho, onde, apesar das águas frias do Mar Vermelho, a transparência da água é extremamente convidativa para se explorar o mundo marinho. Na primavera o clima é extremamente quente, média de 36 graus e este foi o motivo de quase não termos visto gente na rua durante à tarde. Somente quando passamos pela praia é que vimos uma quantidade maior de pessoas. Contudo, foi super estranho, pois mesmo na praia as mulheres usam burca ou cobrem todo o corpo e cabeça, e é exatamente assim que ficam sentadas na areia ou entram no mar, acompanhando as crianças que se vestem como qualquer criança do Brasil. A esta altura, eu também estava toda coberta, e foi assim, embaixo de muito calor e toda coberta que caminhei pela praia. Uma experiência surreal! 



Meu dia na praia!


Depois da praia fomos almoçar no centro comercial de Aqaba em um restaurante local. A comida foi barata, mas não posso dizer que foi boa, infelizmente! Mas, para compensar passamos em uma padaria dos arredores e experimentamos os doces tradicionais da Jordânia que foram mais saborosos do que o almoço. Muitos regados a pistache, que aqui custa uma fortuna e lá uma pechincha. 



 Aqui já saindo de Aqaba, rumo à Petra, e a linda vista da montanhas :)

Juntos!

Já a noite em Aqaba é mil vezes mais movimentada que o dia, o comércio local fecha tarde (bem tarde, de madrugada!) e as pessoas saem às ruas, justamente quando o calor intenso passa a dar uma trégua. Por isso, mesmo que você tenha andado o dia todo, como nós, não se deixe vencer pelo cansaço e vá "badalar" pelas ruas e restaurantes após o cair da noite, é nesta hora que você se depara com o outro lado de Aqaba e entra em contato com locais e turista que se espalham por toda cidade. 

E antes que eu me esqueça, se você puder visite também os templos religiosos da cidade, é de lá, claro,  que saem as "vozes da cidade" espalhadas por alto falantes em diversas regiões. O cântico de orações que dão um toque de santidade àquela terra cercada por desertos e montanhas cor-de-rosa tão diferente da nossa.


sábado, 25 de abril de 2015

Uruguai além de Montevidéu e Punta del Leste

Montevidéu e Punta del Leste são os lugares mais procurados do Uruguai por turista SIM, inclusive por nós, que em nossa primeira viagem para conhecer nosso querido vizinho, marcamos presença por lá também. Com direito a se fartar de comer no famoso Mercado del Puerto, caminhada em Pocitos e claro, reveillon na queridinha Punta del Leste! Mas, sobre estas cidades eu falo em outro post.

A bola da vez agora é desvendar as cidades vizinhas, menos tumultuadas (se é que num país de apenas 3,4 milhões de habitantes pode-se dizer isso) e com charme peculiar. Passamos uma semana rodando de carro pelo litoral do país. E, desta vez, a viagem foi muito mais especial, pois era a primeira vez que viajávamos para terras estrangeiras com nosso pacotinho a bordo, o nosso Rafa, que em dezembro de 2014 estava com 9 meses de vida. As cidades escolhidas foram Atlántida, Punta del Diablo, Cabô Polônio e Colônia del Sacramento. A capital uruguaia e a queridinha Punta del Leste tiveram sim visitinhas rápidas, além da cidade de La Paloma que estava em nosso caminho, mas não nos demoramos por lá.

Chegando no aeroporto Carrasco, alugamos um carro e seguimos direto para nossa primeira parada, a cidade de Atlántida. Uma cidadezinha de balneário do departamento de Canelones,  próxima da capital. Andar por suas ruas é como andar por uma cidadezinha do interior, é toda arrumadinha, sensação de segurança, casinhas lindas. Tem uma parte mais urbana onde você encontra restaurantes, cassinos, casas de câmbio e até um MC Donald's, já mais próximo das praias você encontra ruas não asfaltadas onde há diversas casas, algumas de veraneio, outras não, pousadas e alguns hotéis. 

O principal ponto turístico da cidade é o El Águila, em frente ao mar. Ir à Atlántida e não visitá-lo é inconcebível. E, uma dica aos que se estendem um pouco mais por lá,  se abasteçam no supermercado incrível da cidade, na beira da pista, o Tienda Inglesa, tem de tudo lá dentro, achei os preços meio salgados, mas de ótima qualidade. E para jantar, porquê não se esbaldar nas carnes uruguaias? Só de ver aquelas carnes na brasa a gente enche os olhos!


El Águila

Próxima parada Punta del Diablo, quase na divisa com o Brasil, ao lado do parque de Santa Teresa (que vale ser visitado, com certeza) é um povoado de pescadores que atualmente tem atraído turistas de toda parte do mundo. Dizem até que Punta del Diablo anda desbancando Punta del Leste no quesito  queridinha do Uruguai, mas acho que isso ainda vai levar um tempo para acontecer. Lá nada se compara a outra Punta, tudo é muito mais simples, clima descontraído, tudo mais relaxado e preços mais em conta. A tranquilidade durante o dia predomina. E suas praias são lindas!


Barquinhos de madeira dão um ar ainda mais rústico a Punta del Diablo


Contudo, é durante a noite as baladas acontecem, dizem ser as melhores de todo departamento de Rocha, mas não vou poder dar meu testemunho neste ponto, pois como eu já disse viajávamos com um bebê, então nossas noites terminavam cedo (rsrs). Punta del Diablo foi um lugar que acabamos estendendo nossa estadia, pois nos sentimos bem ali, tranquilos e queríamos aproveitar aquele clima de paz e relaxamento um pouquinho mais! Foi ótimo! Recomendo!


Final de tarde, eu e ele!


Saindo de Punta del Diablo fomos direto para Cabo Polônio, eu já sabia mais ou menos o que esperar daquele lugar, pois recentemente tinha visto uma reportagem na TV que me inspirou a visitá-lo, mas estar lá de fato é outra coisa, é maravilhoso! Um lugar protegido e de difícil acesso, até fiquei imaginando se seria possível ir com um bebê de colo até lá, mas não tivemos problemas! Os carros 4x4, os únicos permitidos a atravessarem as dunas  que levam até Cabo Polônio, têm hora marcada para ir e voltar e levam um amontoado de visitantes em busca de uma experiência única.

O povoado todo tem cerca de 60 moradores fixos e não tem luz elétrica. Os  maiores atrativos são as grandes extensões de areias brancas e suas dunas móveis que invadem as águas frias do Atlântico, além de um céu estrelado como em nenhum outro ponto do país. É lá também que vive a maior concentração de leões-marinhos do mundo, simplesmente fantástico!Você pode facilmente avistá-los atrás do Farol, o único a iluminar aquele lugar preservado do mundo. E para os mais dispostos também é possível subir suas escadarias para se ter uma vista panorâmica do povoado. Restaurantes chiques, pousadas e hostels também estão presentes por lá, afinal hoje o local não é apenas um povoado de pescadores. O vilarejo chega a receber centenas de turistas durante o verão. Com certeza a experiência de conhecer Cabo Polônio vale a pena!


Um lugar onde reina a paz!


 O Farol


Amamos os leões-marinhos!


Cerca de 428km nos separavam do nosso próximo destino: Colônia del Sacramento, por isso estrategicamente fizemos paradas nas cidades de La Paloma e, porque não, Punta del Leste. A experiência em Punta desta vez foi bem diferente de quando estivemos lá pela primeira vez, mas o pôr-do-sol da Casapueblo continua o mesmo, ou seja, espetacular!


Na Casapueblo


Já nas proximidades de Colonia del Sacramento, você começa a se deslumbrar com a paisagem que se descortina, um verdadeiro corredor de Palmeiras enormes dá boas-vindas a seus visitantes. Diversas ruas do centro da cidade também têm este cenário. Mas é no centro velho que está o coração de Colônia, com suas ruas de paralelepípedos (quase impossível de se percorrer com um carrinho de bebê rsrs), e toda sua história debruçada no Rio da Prata. No verão os dias são longos e famílias aproveitam as prainhas a beira do rio de águas agradáveis que os separa de seus vizinhos portenhos.


Nosso pequeno viajante

....... 

Uruguai, um país pequeno mas com grandes delícias a serem descobertas!

RECOMENDO!

terça-feira, 31 de março de 2015

Coliseu

Final de ano é época de viajar, certo? Exato! E se essa viagem for rumo a mais uma maravilha do mundo então....PERFEITO!

Natal de 2012,  malas prontas e passagens na mão... Coliseu, lá vamos nós!

Para começar, posso dizer que Roma é uma cidade ma-ra-vi-lho-sa! Mas, isso é assunto para outro post... O ponto aqui é ele, o anfiteatro, o magnífico, aquele que mexe com a nossa imaginação. Aquele mesmo dos gladiadores, dos leões, das batalhas...

Para chegar até ele, não há dificuldade, pois está localizado no centro da cidade, e Roma é um lugar que facilmente você pode percorrer a pé os principais pontos turísticos, basta ter disposição. Conhecê-lo também não tem muito mistério, pois se você não quiser contratar um guia, pode simplesmente alugar um áudio-guia (disponíveis em vários idiomas, inclusive português) na bilheteria do próprio monumento. E uma coisa muito legal dos ingressos é que eles contemplam visitas a outros lugares históricos da cidade, como o Fórum Romano, vizinho ao Coliseu. Então, saindo de lá, você já tenho destino certo.

Enfim, pegamos nossos "walk-talkies" e lá fomos nós... Existe toda uma sinalização lá dentro indicando o caminho certo que você deve percorrer e pontos de parada numerados, quando você chega no ponto 1, por exemplo, você liga o áudio referente àquele ponto e ouve a história de tudo que você visualiza daquela localização, no ponto 2 a mesma coisa, e assim por diante. Eu achei um esquema super legal e que te dá uma boa autonomia. E o melhor, não custa caro. :)


Olha aí o áudio-guia no pescoço do Bruno, legal né?!


Construído ente 70 e 90 d.C. no período da Roma Antiga, o Coliseu originalmente tinha espaço para aproximadamente 50.000 espectadores em seus 3 andares de edificação, anos mais tarde foi ampliado, e um quarto andar surgiu, aumentando sua capacidade para cerca de 90.000 pessoas. E por que tanta gente? Bem, o Coliseu foi construído para espetáculos direcionados ao povo como forma de  apaziguar os ânimos da época, lembra da política de pão e circo? Pois é daí que ela vem. Quando o Coliseu ficou enfim pronto, o imperador da época decretou uma grandiosa inauguração, 100 dias de jogos para entreter a população. Nestes dias o Coliseu foi palco de combates de gladiadores, lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes. 



Vista do Coliseu à partir do Fórum Romano



O anfiteatro por dentro


Posso dizer que a experiência que tive ao avistar o Coliseu enquanto me dirigia à ele, foi de euforia, afinal, eu estava lá à quilômetros de distância de casa, prestes a conhecer aquele local épico, que tanto vía em filmes. Uma MARAVILHA do mundo. Mas, lá dentro, descobrindo toda sua história, ao vivo, não tem como não bater uma deprê, afinal, pôxa, aquele lugar foi palco literalmente de coisas terríveis e não falo só dos espetáculos cruéis, mas de toda alienação de um povo. Meu Deus! Que coisa louca! Se ele merecia ser uma maravilha do mundo? Bom, pelo ponto de vista arquitetônico e histórico, talvez sim, mas que maravilha sangrenta esta, não?!

No fim das contas, eu saí de lá pensativa e não tão eufórica como cheguei! :(

Mas, como eu disse no início, estamos em Roma, e que lugar delicioso este, então bora lá, muita coisa boa nos aguarda.


Maravilha Número 2 - Coliseu - FEITO!


segunda-feira, 30 de março de 2015

Chichén Itzá

Março de 2012, rumo à nossa primeira maravilha juntos, e, quem diria, no México. Teria sido mais fácil ir ver o Cristo, já que somos brasileiros, mas para esta viagem não faltariam oportunidades. Então, passagem comprada, malas prontas e alegria transbordando :) Destino principal: Cancun, distante 196 km do estado de Yucatán, onde está situada a cidade de Chichén Itzá, nossa MARAVILHA!

Chegando em Cancun, cidade em que eu ia pela segunda vez (a primeira foi em 2010, ainda solteira, junto com amigos aproveitar o Spring Break), uma sensação de Déjà Vu, que, claro, não era só uma sensação, afinal eu já conhecia aquela cidade de mar azul turquesa de tirar o fôlego, areias brancas e baladas fantásticas onde se pode encontrar gente do mundo todo. Desde casais em lua-de-mel à jovens adolescentes em busca de muita curtição. Cancun é sem dúvida um lugar para muitos públicos e um lugar para ir e voltar.

Mas, desta vez, a atração principal era outra. Queríamos história, cultura e a emoção de conhecer nossa primeira maravilha juntos. E adianto que para alcançá-la é preciso deixar a preguiça de lado, escolher roupas confortáveis e não se esbaldar na noitada no dia anterior. Os passeios para Chichén Itzá são vendidos em lojas de turismo espalhadas por toda Cancun, em especial na zona hoteleira, ou nos próprios hotéis e resorts da região e os ônibus que nos levam até lá saem de manhã cedinho e só regressam no início da noite. Tempo suficiente para conhecer com calma a cidade maia fundada por volta dos anos 435 e 455 a.C. e aproveitar o passeio, que no geral, também inclui parada em um incrível cenote. Por isso, não esqueçam (de forma alguma) dos trajes de banho, vai valer a pena!




          No meio do caminho tinha um cenote, tinha um cenote do meio do caminho. Que bom!!!  :)


À bordo novamente do ônibus que nos levaria a Chichén Itzá, estão todos molhados e pingando, mas, imensamente felizes! Aliás, esse é um dos maiores encantos do México, a alegria daquela gente, é lindo de se ver!

Mais algum tempo no sacolejo e ... CHEGAMOS

Como estávamos em um passeio guiado, não precisamos enfrentar a imensa fila para comprar os ingressos de entrada... Afinal, estávamos visitando uma das 7 maravilhas do mundo, ou seja, a fila era quilomééééééétrica!!! Mas no nosso caso, o pessoal do passeio se encarregou de comprar os ingressos para todos e distribuir. Ainda bem!rs . Entramos... eu, particularmente, estava ansiosa para ver de perto a pirâmide de Kukulkan, que na minha visão, seria o que realmente valeria a pena lá dentro. Ledo engano...

...Chichén Itzá oferece muito mais:

As ruínas da cidade maia revelam uma organização política e social totalmente inovadora em prol de uma elite de guerreiros e sacerdotes. Dentro do enorme complexo, onde você pode se perder facilmente, principalmente se tiver um senso de direção meio confuso como o meu, há diversas ruínas e lugares para você visitar com calma: A praça das Mil Colunas, o Campo de Jogos do Prisioneiros (o local que mais fiquei fascinada, com uma história única), o Templo de Chac Mool, o famoso Cenote Sagrado - no qual eram atiradas as vítimas de sacrifícios humanos, entre outras inúmeras ruínas, além da monumental Pirâmide de Kukulcan.

Pirâmide de Kukulcán


Praça das Mil Colunas


Cenote Sagrado

E, para deixar a nossa visita ainda mais perfeita, fomos visitar esta maravilha no mês de março, não por acaso, pois foi meu presente de aniversário, mas sem saber, era também época do equinócio, e o período em que é possível ver a "serpente" refletida na pirâmide, efeito que ocorre pela posição do sol nesta época do ano. Algo incrível! Principalmente, se pensarmos que o povo maia calculou isto a anos e anos atrás, com os recursos limitados da época e ainda assim, conseguiram atingir o objetivo com precisão. Vejam se conseguem ver:

A serpente refletida - Presente do Equinócio


Viram? Se não, que tal programarem-se para tentarem ver pessoalmente? Garanto que vocês vão AMAR, assim como eu. E de quebra ainda dá pra aproveitar todas as delícias e encantos de Cancun. Tenho certeza que não será nenhum sacrifício, não é mesmo?!



Maravilha NÚMERO 1 - Pirâmide de Chichén Itzá - FEITO!